Dia do Historiador que vai ficar na história

No dia 19 de Agosto, se comemora o Dia do Historiador. Arriscamos dizer que, se tem uma profissão que vai continuar sendo importantíssima para nossa formação como nação, independente do avanço da tecnologia ou de outras áreas, será a profissão do historiador. É ele o profissional que lança luz aos eventos do passado e nos permite compreender com outros olhos o cenário atual. E neste ano de 2020, o Dia do Historiador ganhou um significado ainda mais especial para todos nós que trabalhamos com História e patrimônio cultural. É que o Senado Federal rejeitou, no último dia 12, o veto à regulamentação da profissão de historiador.

A conquista não é somente dos historiadores, que terão garantidos os direitos de exclusividade no exercício da profissão mediante conclusão de curso de graduação, mestrado ou doutorado em História. Antes, a medida beneficia a toda a sociedade, que estará servida de profissionais com qualificação adequada para auxiliar na interpretação do mundo em que vivemos.

Especificamente para nós, da Habilis Consultoria, a medida é motivo de comemoração e alegria. Afinal, a História é uma ciência que contribui significativamente na costura da teia da cultura material, nosso objeto de estudo. Junto com a História, a Arqueologia permite que saibamos dos hábitos e costumes de grupos dos quais hoje restam apenas alguns vestígios materiais.

Junto com outras áreas, como Geografia, Geologia, Antropologia e Sociologia, a História nos permite ir mais além nos estudos arqueológicos e torna mais robusto nosso arcabouço teórico. Não por acaso, atualmente, muitos dos arqueólogos em atividade no mercado possuem em sua formação a graduação em História, visto que no Brasil o curso de graduação em Arqueologia é relativamente novo, e a graduação de História foi, durante muito tempo, a melhor porta de entrada desses profissionais no mundo da Arqueologia.

Então, estamos realmente diante do momento em que profissão de Historiador tem um marco importante, que valoriza a formação desses estudiosos que se dedicam a investigar e interpretar o nosso mundo para ajudar na compreensão dele. Parabéns historiadores!

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Projeto de Avaliação do Potencial de Impacto ao Patrimônio Arqueológico (PAPIPA)

Diferentemente do PAIPA este trabalho é elaborado com o objetivo de avaliar o potencial de impacto de determinado empreendimento ou atividade sobre o patrimônio arqueológico em uma determinada área. Esse tipo de projeto é elaborado especialmente quando há indícios de que uma determinada região pode conter vestígios arqueológicos significativos e que possam ser afetados por empreendimentos futuros. Ou seja, é um trabalho que avalia a viabilidade de um empreendimento ocorrer em uma determinada área considerando o potencial arqueológico existente.

Para a realização deste trabalho inicialmente é realizado um Levantamento bibliográfico e documental extensivo verificando-se assim dados históricos, arqueológicos e cartográficos sobre a área de estudo, incluindo registros de sítios arqueológicos conhecidos, estudos anteriores e relatórios técnicos por exemplo. Na sequência é realizado levantamentos arqueológicos de campo para identificar vestígios e evidências de ocupação humana na área de estudo. Isso pode envolver caminhamentos, prospecções superficiais, uso de técnicas de sensoriamento remoto, entre outros métodos de pesquisa.

Em gabinete é realizada uma análise dos possíveis impactos do empreendimento sobre o patrimônio arqueológico que venha a existir na área de estudo. Isso pode incluir a previsão de danos, destruição, perturbação ou alteração dos sítios arqueológicos, bem como a proposição de medidas para minimizar ou mitigar esses impactos.

Por fim, o PAPIPA é um instrumento importante para subsidiar decisões sobre empreendimentos que possam afetar o patrimônio arqueológico, contribuindo para sua preservação e conservação.

Ficha de Caracterização da Atividade (FCA)

A ficha de caracterização de atividade é um documento utilizado pelo IPHAN  e tem como objetivo fornecer informações detalhadas sobre as atividades que serão desenvolvidas em determinada área.

Essa ficha é o primeiro item a ser produzido no contexto do licenciamento arqueológico e é parte importante do processo de licenciamento ambiental sendo utilizada para registrar dados específicos sobre as atividades planejadas, tais como a localização, o tipo de empreendimento, as técnicas de execução, o cronograma de obras, as áreas de intervenção, entre outras informações relevantes.

A ficha é bastante completa em relação aos dados do empreendimento sendo preenchido o Nome do empreendimento, responsável pelo projeto, a localização geográfica, o município, o estado, é realizado o detalhamento das atividades que serão realizadas no local, incluindo a finalidade do empreendimento, os métodos de execução as características físicas e topográficas da área de intervenção e em muitos casos é previsto um cronograma de obras.

Em resumo, a ficha de caracterização de atividade é um instrumento importante para registrar e documentar as informações relacionadas às atividades que serão desenvolvidas em determinada área, auxiliando no processo de avaliação e classificação quanto ao nível que o empreendimento possui, podendo variar de I, II, III e IV a depender da atividade e interpretação do IPHAN.